17.8.07

Eterna necessidade de resolver

Eu, a Rainha de Copas, venho aqui para, solenemente, divulgar as divagações sobre a natureza do sentimento-ruim-que-não-sei-de-onde-veio do nosso célebre Poeta das Maravilhas.

Quando volto para casa o céu do parabrisa é escuro, mas o céu do retrovisor é poente.

penso, a vida é assim. O que vejo em frente é escuro, sem cor.
O que vejo olhando para trás é belo, se despede aos poucos do tempo que passamos juntos.

Num mundo onde monstros seriam a mais inocente das criaturas, vivemos tentando nos esconder da verdade.

Os monstros somos nós. Somos nós que assombramos a mente, populamos sonhos.

Somos nós que montamos complicadas estratégia para escapar.

Afinal, somente quem conhece bem pode assustar. Quem melhor?

Por que não podemos viver o dia a dia? Aquele dia em que tudo sái de acordo com o planejado.

Os problemas que enfrentamos/inventamos deixam uma marca maior do que imaginamos.
Muda nossos hábitos e quando vão embora, deixam esse eterna preocupação, essa eterna necessidade de resolver.