Catcher in the rye

Entao...

Fazer o quê? Não quero mais reclamar!

né?

Vão ter que acostumar a não ter introdução tb. Tava me enchendo começar igual.

Li um livro muito legal esses dias. Meio clichê. "O Apanhador no Campo de Centeio". Gostei muito dele. Nada como presenciar o nervous breakdown de outra pessoa pra ver que vc não tá assim... no ponto pra se comparar.

Mas além disso gostei do como o garoto fica assustadoramente perspicaz a medida que vai enlouquecendo. Tipo... Cada vez que ele fica mais transtornado, mais sem esperanças, ele fica mais capaz de enxergar o mundo como ele é. Só que isso não é necessariamento benéfico. Entra muito na crença de que se vc souber muito, se vc quer mais do que te oferecem, pode reinventar um mundo. Ou enlouquecer tentando.

Roubando a citação da minha prima querida... (http://www.ana-cher.blogger.com.br/)

"Esta queda para a qual você está caminhando é um tipo especial de queda, um tipo horrível. O homem que cai não consegue nem mesmo ouvir ou sentir o baque do seu corpo no fundo. Apenas cai e cai. A coisa toda se aplica aos homens que, num momento ou outro de suas vidas, procuraram alguma coisa que seu próprio meio não lhes podia proporcionar. Ou que pensavam que seu próprio meio não lhes poderia proporcionar. Por isso, abandonam a busca. Abandonam a busca antes mesmo de começá-la de verdade. Tá me entendendo?"

Só que não acho que ele tenha abandonado a busca. Acho que todo o problema foi que ele não queria abandonar a busca. Se tivesse abandonado não teria o livro. O livro todo parece um último esforço, uma última aposta nas suas próprias crenças.

Quebrou a cara.

E teve que aceitar a vida que outros queriam pra ele. Pelo menos por um tempo. Não acho que ele vai ser o que querem dele. Acho q pode ser mais do que esperam dele. Ainda mais depois de tudo que passou.

Por mais que escola seja importante o único jeito de aprender bem aprendido é quebrando bem a cara. E isso ele fez. Formou com louvor. Mais de uma vez.

Acho que ele vai ficar bem.